“Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade”. Hc 1.6-7
Uma menininha estava em seu quarto brincando enquanto sua mãe trabalhava em outra parte da casa. Então a menininha chama pela mãe e diz: “mãe trás água para mim” e a mãe responde: “venha buscar” e a menininha ignorando a ordem da mãe diz pela segunda vez “mãe trás água para mim” e a mãe insiste para que ela fosse buscar; após alguns minutos nesta conversa a mãe já irritada diz: "Se pedir água mais uma vez, vou até você para lhe disciplinar." A menininha então responde: “mãe quando você vier me disciplinar trás água para mim.
Os homens algumas vezes pensam que Deus também não vai discipliná-los, eles vivem no pecado e acham que nunca vão ser apanhados por Deus. Tais homens entendem o atributo de paciência de Deus como se Deus fosse conivente com as suas iniqüidades; quando na verdade Deus está concedendo a eles oportunidade de arrependimento.
No contexto de Habacuque Israel pervertia a justiça, praticava a violência e a imoralidade e não percebia que a disciplina e o juízo de Deus estavam tão próximos. E Deus faria isso usando outra nação como seu chicote. Aquilo que parecia ser um processo de guerra entre duas nações, seria Deus tratando com o seu povo. Os Caldeus era uma nação impetuosa, pavorosa, terrível em maldade. Um povo que não respeitava o direito do próximo e não se submetia a nenhum tipo de lei; os Caldeus eram a sua própria lei, eles mesmos estabeleciam o direito e a dignidade.
Israel se sentia seguro, acastelado, pois pensava que estaria protegido por ser o povo de Deus, porém ele havia colocado a sua confiança além da sua fidelidade a Deus, exatamente porque perdeu a consciência da santidade imaculável do nosso Senhor. Agora nada poderia deter o peso da vara disciplinadora de Deus sobre a vida deles; nem as suas fortalezas, nem a sua competência bélica, nem mesmo as suas habilidades políticas seriam suficientes para livrá-los desse juízo avassalador que estava tão próximo.
E é olhando para este cenário que nós refletimos sobre como temos estabelecido as nossas relações com Deus e as conseqüências de um relacionamento infiel e desleal com o esse Deus Onisciente, Onipotente, Santo e Justo. Dessa forma tiramos algumas lições desse texto.
- Não se iluda pensado que é possível viver na infidelidade a Deus e não sofrer as conseqüências disciplinar do Senhor. Não há como viver uma vida dupla diante do Senhor e não sofrer as conseqüências da deslealdade. Deus é um pai amoroso e justo, por essa razão esta obrigado a Si mesmo a aplicar a disciplina e o juízo e não poderia não fazê-lo.
- Lembre-se que a ausência da disciplina ou do juízo de Deus, pode ser oportunidade de arrependimento. Não pense que você é tão inteligente ao ponto de conseguir esconder os seus pecados de todo mundo. Talvez eles ainda não foram “revelados” porque Deus está lhe concedendo a oportunidade de quebrantamento e arrependimento.
- Quem sabe as dificuldades pelas quais você esta passando seja a disciplina do Senhor na sua vida. Deus usa as coisas comuns do dia a dia para nos disciplinar. Talvez a falta de paz que você tem sentido, as dificuldades e os prejuízos financeiros pelo quais tem passado ou até mesmo este momento de bonança seja o chicote de Deus sobre você. Pois Ele usa as situações cotidianas para exercer o Seu direito de Pai.
- Não existe proteção e segurança para você fora da presença confortadora de Deus. Ainda que você tenha todo o dinheiro do mundo, todas as habilidades intelectuais ou as melhores relações políticas e sociais, nada nem ninguém poderá livrá-lo de cair nas mãos do Deus vivo. E com certeza será profundamente doloroso este momento. Por isso abandone este comportamento de imoralidade, de desonestidade, de infidelidade, de mentiras que você tem vivido, deixe de uma vez por todas o pecado.
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